A não perder, no Nimas, o genial “O Meu Tio” de Jacques Tati, uma parábola sobre as modernas sociedades de consumo (em 1958). Tati mostra-nos o choque entre um mundo antigo, imprevisível, humano, com vizinhos, cafés, pessoas na rua, vendedores de fruta, lixo, cães e um mundo moderno ascético e desumanizado onde tudo está previsto e mecanizado.
Monsieur Hulot, vive e é um produto do primeiro mundo enquanto a sua irmã, cunhado e sobrinho vivem no segundo e para lá o querem levar. Madame Arpel diz a certa altura “Do que o meu irmão precisa é de um objectivo. De um lar. De tudo isto” Para isso ela procura “juntar” o irmão com a sua solitária vizinha, também ela uma mulher moderna, e um emprego na fábrica de plásticos do marido. Claro que tudo isto não vai dar bom resultado e sucedem-se as mais variadas situações hilariantes já que Hulot subverte todo o conceito moderno ao introduzir humanidade e perturbação no novo mundo. Hulot sistematicamente usa erradamente os objectos, aborrece-se de morte no monótono trabalho na fábrica e entra em choque com um mundo que não entende nem o entende a ele.
Apesar de tudo O filme acaba por nos dar uma nota positiva ao acabar por aproximar o sobrinho de Hulot (que sente uma atracção irresistível pelo mundo em que vive o tio) e o seu pai.
1 comentário:
Sim, provavelmente por isso e
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