“Acho que já confessei a história do bocado de fígado que comprei num talho e fodi atrás de um tapume a caminho da lição de bar mitzvah. Ora bem, agora quero deixar tudo em pratos limpos, Vossa Santidade. Aquele – ela – isso – não foi o meu primeiro pedaço. O primeiro, comi-o na privacidade da minha própria casa, enrolado à volta da piça, na casa de banho, às três e meia da tarde – e depois comi-o outra vez na ponta do garfo, às cinco e meia, na companhia dos outros membros da minha pobre família inocente.
Ora aí tem. Agora já sabe a pior coisa que eu fiz na vida. Fodi o jantar da minha própria família.”
Ora aí tem. Agora já sabe a pior coisa que eu fiz na vida. Fodi o jantar da minha própria família.”
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[Philip Roth, in O Complexo de Portnoy, Bertrand, 1994]
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