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O FUNCIONÁRIO CANSADO
9.1.08
Luiz Pacheco: o cachecol do artista
.
.
[Excerto de documentário realizado por António José de Almeida para a RTP2]
.
.
"O texto que eu te vou mandar, tu diz-me francamente se gostas ou não, e faz-lhe uma crítica cerrada, é a melhor maneira de me ajudares. Estou aqui metido num buraco, onde não falo com ninguém, não vou a Lisboa há um mês, quase, e esse isolamento às vezes não é vantajoso, desproporciona e apouca o sentido da auto-crítica.
.
A tese é: não há neste momento, que eu saiba, por minha experiência, uma possibilidade de trabalho em
criação literária
, livre e honesto, que dê para um escritor viver, mesmo modestamente. Não será preferível, em vez de cair na
aldrabice
, o escritor cair na
pedinchice
, apresentando de tempos a tempos, obra sua, séria e válida? isto é, conseguir dum mecenato, ou da simples amizade e caridade, aquilo que os patrões lhe negam e o público, como clientela, não compensa? (É o caso do teatro, onde não há actor hoje a trabalhar, com decência, que não seja subsidiado). Daí que o artista precise de um cachecol,
O CACHECOL DO ARTISTA
… A tese vai em forma humorística; o momento dos números e das memórias reais ainda não chegou. Mas a verdade, entre a ‘solução Mário’ (bolsa da Gulbenkian, destino Frèsnes), a ‘solução Lima’ (muito trabalho, uma grande barafunda, dinheiro – mas obra à espera na gaveta) é que vou tentar um terceiro caminho.”
.
[Luiz Pacheco, carta para António José Forte de 7 de Dezembro de 1964, in
Mano Forte
, Alexandria, 2002]
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