15.5.08

Entre o Leya e a Feira a Câmara opta pelo Leya

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"Ao PortugalDiário, a vereadora do pelouro da Cultura da Câmara de Lisboa, Rosália Vargas, explica que se as editoras da Leya não estiverem presentes na Feira do Livro, devido à «intransigência» da APEL, a autarquia «pode considerar que não estão reunidas as condições de garante de serviço público» e decidir não atribuir o subsídio. "
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[excerto de artigo no Portugal Diário]
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Ainda alguém duvidava de qual o perigo de tão grande concentração económica no mercado do livro? Está à vista: O Leya comporta-se como o dono da feira do livro, espezinhando tudo e todos para ter a sua barraca gigante, separado dos restantes editores. E o pior é que a Câmara cede, o que nunca poderia acontecer.
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Entretanto algumas editoras estão a reagir e bem: a Tinta-da-China considera "inaceitável que a CML depois de ter dado a organização da Feira do Livro à APEL, conceda directamente 720 m2 de espaço a um grupo empresarial que nem sequer se inscreveu para participar como todos os outros. Se tal acontecer, a CML estará a avalizar a prepotência, a arrogância e a falta de respeito por todos os editores. Consideramos mesmo que de todos os interlocutores neste processo é quem fica pior no retrato, abrindo um precedente gravíssimo."
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A Gradiva, depois deste comunicado, abandonou a UEP com Guilherme Valente a afirmar que "a situação e o comportamento do Grupo Leya na UEP (União dos Editores Portugueses), perverte, em meu entender, o seu carácter e inviabiliza a sua acção de Associação de Editores. Sendo assim, não resta a mim próprio nem à Gradiva outra alternativa de inteligência, dignidade e coerência que não seja a desvinculação da UEP»

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