3.8.08

O Mono do Rato (II)

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"(...) o mono vai ser instalado algures entre o Palácio Palmela, a sinagoga de Lisboa e uma série de edifícios classificados, e que tem a assinatura dos arquitectos Valsassina e Aires Mateus, reputadíssimos. O mono é um monstro, parece uma prisão, é um monobloco brutal, totalmente desadequado no Largo do Rato, com uma altura calculada pela cércea da Alexandre Herculano e não da praça, o pobre Rato.
[...]
É nestas alturas que eu tenho pena que a direita portuguesa não tenha um partido, um pensamento, uma posição conservadora, tradicional e absolutamente antiprogressista que apareça em situações destas e contrarie crimes destes e diga que os bairros antigos das cidades são para ser deixados em paz, reabilitados e mantidos longe das garras modernistas de arquitectos visionários que normalmente habitam bairros tradicionais, casas tradicionais, e jamais põe os pés como moradores e utilizadores nos monos que eles assinam. Gostam de paredes de pedra, vista para o rio, janelas de sacada e vidros com patine. Que faremos com este mono?"
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[Clara Ferreira Alves, em crónica no último Expresso]
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Entretanto parece que as reacções contra o mono começaram a ter algum efeito e talvez se consiga travá-lo. A petição no entanto continua, tendo já ultrapassado as 4000 assinaturas.

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