29.3.11

Nova edição da Poesia Incompleta

. Depois de O Taberneiro, de Miguel Martins e A Nova Poesia Portuguesa, de Manuel de Freitas, chegou agora O Som do Sôpro, de António Barahona.

25.3.11

LA LOUISIANE, CHAMBRE 58
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do sítio onde escrevo este falso obituário
Portimão é uma linha de rio até à praia concessionada
brilham as casas do Bairro Operário no fogo das laranjeiras
quentes as mulheres sobrevivem bebendo água nas esplanadas
enviam enigmáticas mensagens de telemóvel
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alguém
através do mesmo processo
me avisa da morte de Albert Cossery
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não trabalharei amanhã, pelo menos
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[Miguel Manso, in Quando Escreve Descalça-se, 3ª ed., Trama, 2011]

24.3.11

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"Este país é um cu, um buraco de onde não se sai."
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[João César Monteiro, in Quem Espera por Sapatos de Defunto Morre Descalço, 1971]

22.3.11

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O PREC EM 2008
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o deus Silêncio ostenta as Inumeráveis
águas nesta apertada livraria de Lisboa
também ainda o primeiro título (poesia) de Manuel
António Pina em ano de revolução que
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nesse tempo eram mesmo
a sério as revoluções e podíamos acrescentar-lhes pela rua
o nosso carme as madrugadas flores
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agora um amigo diz-me: «esta
revolução não dá um passo!»
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concedo, mas não desisto
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incorro em certos delicados actos de guerrilha
por exemplo deixo poemas em cafés ou em pequenas
livrarias que ainda apoiam em segredo esta causa
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revolucionária
depois mando as coordenadas sigilosas à amada
que no dia seguinte quase sempre
pela tarde os vai buscar
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[Miguel Manso, in Quando Escreve Descalça-se, 3ª ed., Trama, 2011]

19.3.11

“Podemos imaginar histórias sem conclusão e no entanto associadas, como os sonhos. Poemas simplesmente sonoros e plenos de palavras irradiantes mas desprovidas de sentido e de coesão, e dos quais, quando muito, algumas estrofes seriam incompreensíveis.”
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[Novalis, in Fragmentos, trad. Mário Cesariny, Assírio & Alvim, 1986]

18.3.11

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"A poesia é o real absoluto. Isto é o cerne da minha filosofia. Quanto mais poético, mais verdadeiro."
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[Novalis, in Fragmentos, trad. Mário Cesariny, Assírio & Alvim, 1986]

14.3.11

Com pipocas

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Film Socialisme, o mais recente filme de Jean-Luc Godard está finalmente numa sala de cinema (depois de 2 ou 3 sessões na Culturgest e em Serralves). Mas não deixa de ser irónico que tenhamos de o ver num centro comercial, pelo meio de anúncios publicitários, pipocas e coca-colas. Revelador do estado a que o cinema chegou...

2.3.11

Elogio de Jean-Luc Godard

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Está a começar na Cinemateca um ciclo sobre Jean-Luc Godard, com filmes como O Acossado (1960), Pedro, o Louco (1965), Week-End (1967), Nouvelle Vague (1990) ou Elogio do Amor (2001), entre muitos outros, num total de mais de 30 sessões até ao final de Março. A programação pode ser consultada aqui.