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A Feira no Parque
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Fui à Feira do Livro de Lisboa, pela primeira vez, em 1974. acabado de chegar do exílio suíço, desloquei-me, numa noite quente de Primavera, à Avenida, onde então se realizava. O local era acolhedor, mas apertado, ruidoso, atravessado por carros, excessivamente «urbano» para quem quer deambular, parar, passear, ler e escolher. Depois disso, vi-a no Parque e no terreiro do Paço. Esta última solução foi desastrada: o calor, a falta de sombra e de conforto, o barulho, o trânsito, tudo desaconselhava aquele sítio. Por mais que pense, a solução do Parque Eduardo VII é de longe a melhor de todas. Espaço, sombra, localização central na cidade, sítios para ler, namorar e repousar, levar crianças ou idosos… Nem quero imaginar que a Feira seja deportada para longínquas periferias, muito menos para centros comerciais transpirados!
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[in Os Livros no Parque, editoras Afrontamento, Antígona, Assírio & Alvim, Climepsi, Cotovia, Meribérica-Liber, Relógio D’Água e Teorema, 2004]
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