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As pessoas que hoje detêm as editoras estão mais vocacionadas para o negócio que para a literatura?
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Da minha geração ainda há alguns editores em Portugal. Mas somos uma geração em extinção. O mundo moderno não se compadece com o vagar que é necessário para construir uma relação com o autor. Hoje os editores nem sequer leêm os textos. Na maior parte dos casos, o título publica-se porque o autor tem um programa de televisão, é jornalista, é político, é tudo menos escritor. As exigências das organizações empresariais que hoje são as editoras já não se compadecem com esta situação. Esse trabalho só pode continuar a ser feito das pequenas iniciativas da edição que têm a figura do editor muito preservada.
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[Nélson de Matos em entrevista à última edição do semanário gratuito Sexta]
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