12.5.08

Ler

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Lida a nova Ler, gostava de referir algumas impressões:
  • O grafismo é cuidado, com boas fotografias, mas o aspecto geral é talvez demasiado limpinho e brilhante.
  • Gostei mesmo muito da dimensão das entrevistas: 12 páginas para Lobo Antunes!
  • De um modo geral os artigos têm interesse, com destaque para a escolha dos “50 autores mais influentes do século XX” (embora acompanhada de uns textinhos um pouco light).
  • A escolha de colunistas não foi lá muito original e, pior do que isso, alguns deles eram dispensáveis (Inês Pedrosa, Jorge Reis-Sá ou os Booktailors, que aparentemente estão ali apenas a fazer publicidade para o seu negócio…). Alguns no entanto são bons como Pedro Mexia, Eduardo Pitta ou Abel Barros Baptista.
  • Não gostei nada da secção “Mais livros saídos”, que já tinha havido em moldes semelhantes na antiga Ler. Não percebo porquê pôr ali um monte de livros, citando uma frase de cada um. Até o professor consegue fazer melhor aos domingos…
  • Embora as recensões não me tenham propriamente desagradado esperava que, pelo menos algumas, fossem um pouco maiores. Já que os suplementos culturais dos jornais encolheram os textos dos seus críticos, era de supor que uma revista destas lhes concedesse mais espaço.
  • E havia mesmo necessidade de ter uma secção sobre livros de economia?

No fundo penso que, limando algumas arestas, se trata de uma boa revista, simplesmente o seu conceito não é bem o que eu esperava. Fiquei com a ideia que pretende agradar a vários públicos e não apenas aos habituais leitores deste meio, daí ser menos literária, algo que é assumido por Francisco José Viegas.
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No entanto, sendo a única revista de livros regular no nosso país (a Os Meus Livros não conta) é de comprar, apesar de tudo.

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