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"Nas grandes cadeias de livrarias, a visibilidade tem um preço e ajuda a chegar ao top: montras, mesas, topos, expositores, destaques"
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"actualmente - copiando estratégias das grandes superfícies e da publicidade de rua -, estas cadeias de livrarias têm para vender aos editores montras inteiras e meias-montras, a cobertura dos alarmes na entrada, as mesas onde se expõem livros, os topos das estantes que mostram as capas, colocação de expositores, destaques, campanhas de Natal, de Verão, do Dia dos Namorados, da Criança, do Pai ou da Mãe."
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"Os hipermercados foram disruptivos, criando uma lógica que depois foi sendo copiada", diz Teresa Figueiredo [directora de marketing da Bertrand], ela própria vinda do "grande comércio, dos detergentes". Nas Bertrand, "as montras são todas pagas, com preços diferentes consoante as alturas do ano, e também se vendem meias montras", explica. "Inspiramo-nos em quem vende publicidade exterior, nos mupis. Um editor diz-nos: "De dia 7 a dia 15 quero ter uma rede de montras." E em todas as Bertrand com montra vão aparecer os livros dele."
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[excertos de artigo de Alexandra Lucas Coelho, no Público de 5/5/2008, que pode ser lido aqui]
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Obviamente nada disto é novidade mas é desanimador. Estamos claramente a precisar de mais Letras Livres e Leres Devagar, Fendas e &etcs, para fugir a estas terríveis lógicas.
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