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"qualquer escritor que se preze abominará o objecto empresarial de uma linha de montagem de ideias literárias, de livros a pedido do mercado, de investimento criativo somente a pensar na caixa registadora, etc. A cultura não está a passar por aí. Mesmo argumentando a brilhante descoberta de já haver disto lá fora, nos países avançados, qualquer escritor português, que se preze, lhe citará o proverbial provincianismo que é actuar estimulado por modas copiadas de países que, isso sim, só estão avançados na degradação da humanidade."
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[Paulo da Costa Domingos, no blog da Frenesi]
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Paulo da Costa Domingos diz aquilo que qualquer escritor, editor ou crítico devia dizer: estes booktailors não têm nada a ver com cultura ou literatura. São meros técnicos de marketing de um produto, que por acaso é o livro mas podia ser pasta de dentes ou outra coisa qualquer. É por isso, para mim, incompreensível a relevância que lhes é dada em certos meios culturais que deviam ser os primeiros a lutar contra a progressiva invasão da cultura por esta gente do "marketing" e da "gestão". No entanto são-lhes concedidas reportagens, entrevistas e até, pasme-se, uma coluna na Ler, que não é mais do que publicidade gratuita para o seu negócio e um insulto aos leitores da revista.
1 comentário:
Mas se na Ler até o Jorge Reis-Sá tem uma coluna e o rapaz é um brutinho, não consegue dar à luz nem um parágrafo de boa prosa (e não falemos dos versos que ele próprio publica e que são uma pirosada medonha), será que ainda podemos esperar muito do projecto editorial desta revista "literária". O Francisco José Viegas é um tipo desinteressante, anda no meio sem se definir, escreve de tudo, tem opinião para tudo - é pouco sério.
E estes booktailors, isto é gente do Negócio claro, a cultura para eles é uma oportunidade e pouco mais.
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