Para concluir esta série, deixo duas citações de Fialho que, mais de 100 anos depois, mantém uma preocupante actualidade:
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“Há muito até que para travar o génio porcaz, desorientado, idiota, que por esse país alastra em matéria arquitectónica, todos os edifícios públicos ou privados, em edificação ou restauro, deviam ter um conselho artístico por cujo voto os respectivos projectos passassem, e isto para tirar às vereações e comités locais, a brasileiros e mercantes cuja única função social é ganhar dinheiro, a intervenção nefasta que, em nome duma liberdade de que não sabem usar, se lhes tem dado na estética urbana do país.”
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“Temos, e teremos sempre, municípios inaptos para saberem amar com amor de artistas esta infeliz capital entregue em suas mãos, pois raro as vereações são cultas, dessa cultura especial que impõe pontos de vista, e atira o espírito para além das comesinhas questiúnculas de roupa suja e de marmita.”
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