29.8.08

RUA ANDRÉ BRETON
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Deflagraste em nós na sempiterna circunstância: a pasmaceira.
E por pouco não nos chamaram de Os Franceses.
Nas pequenostes a hora era (e agora?) a dos remorsos engajados.
A imitação do isto, a gangazul, a variz da varina
- pretextos e mais pretextos para lágrima-tinta -
eram o trapo que comíamos ainda.
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A rua André Breton está sempre a mudar de rua.
Entendidos, desentendidos, como, ó rapaz, mudámos.
quando desfechaste o teu revólver de cabelos brancos
sobre cada um de nós, os comedores de trapo!
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Por uma questão de desgosto,
desde então que desavindos com a vidinha!
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[Alexandre O'Neill, in Entre a Cortina e a Vidraça, 1972]

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